sábado, 21 de dezembro de 2013

ANTOLOGIA "POÉTICA" Vol III - LANÇAMENTO











E foi no dia 30 de Novembro, o lançamento do III volume da Antologia "POÉTICA" da Editorial Minerva.
Uma Antologia em que participo desde o primeiro número e em que pretendo continuar a participar porque considero das melhores que conheço. Há quem não goste de Antologias porque considera que é uma compilação de vários estilos em poesia e prosa mas eu penso que é precisamente isso que as torna tão interessantes.
Aqui nesta Antologia participámos 70 autores, das idades mais variadas, e de várias nacionalidades, sendo a maior antologia de poesia e prosa poética contemporânea, da CPLP.
Um livro onde descobrimos as mais variadas formas de sentir o mundo, através das vivências e experiências de cada um. 70 autores, 70 sensibilidades!
Em cima nas fotos, podem ver a poetisa Fátima Vivas, que tive o prazer de conhecer pessoalmente neste dia. Uma leitora assídua da minha página de autora no Facebook "Ana Casanova Poesias" e que vim a saber depois, uma companheira neste mundo da escrita.
Também comigo, um jovem autor e meu "afilhado literário" a que o Dr Ângelo Rodrigues, da Minerva, quando o chamou ao palco para a sua intervenção, chamou de "jovem promessa de Leiria". Senti naturalmente, um enorme orgulho.
Para mim especialmente, esta "POÉTICA" teve um sabor muito especial já que fui a autora convidada este ano, para fazer o prefácio do livro e para finalizar aqui vos deixo com o texto que escrevi.
Espero que gostem! Um abraço amigo, Ana Casanova.

"REFLEXÃO POÉTICA" - Ana Casanova ( co-autora pág. 51) "Poética" vol III

 

A Poesia. Alguém nos ensina a ser Poetas?
A necessidade surge como tantas outras no Homem, para nos sentirmos entendidos, compreendidos, sentidos.

Comunicar, inventar, idealizar e sonhar palavras.

“No príncipio era o Verbo”.

A palavra é  a expressão oral do conhecimento, do sentimento, do querer e do desejo sendo o  Verbo,  palavra por excelência, que anuncia a acção, que traça caminhos ou os desnorteia, que traz consolo ou desespero.

As palavras têm um sentido tantas vezes plural e são inúmeras as possibilidades de as transformar e de lhes dar novos sentidos.

 

O poeta sabe o que quer dizer e para onde quer ir e usa a palavra. Se tem esse poder, deve sempre carregá-lo de emoção e sentimento e torná-las mágicas.

Tantas vezes nos questionamos porque existem tantos poetas.

A resposta só pode ser uma: Porque a Poesia é necessária!

Necessitamos muito mais do que “o pão para a boca” e a Arte faz-nos sonhar e caminhar. Dá sentido à vida, é a tal lufada de ar fresco que nos ajuda, nos desperta, abre janelas à comunicação, buscando a felicidade, a compreensão e a paz.

A poesia é intemporal, lida e relida através dos tempos, interpretada das mais variadas formas mas bela para sempre.

Tudo o que é belo é uma alegria para sempre. «O seu encontro cresce; e não cairá no nada». Início de um poema de John Keats, poeta Inglês.

Questões são colocadas aos poetas, sobre o que os inspira. Há realmente algo que os transcende e realmente por vezes nem sabemos de onde vem, mas um poeta é um “artesão das palavras”  e se necessita de alguma inspiração muito mais precisa de “transpiração” para que a obra surja.

Não há arte alguma que não requeira técnica e a busca é sempre da perfeição.

Um poeta é sempre o seu maior crítico e portanto um ser permanentemente insatisfeito. Isso só o estimula e impele a prosseguir.

A poesia deve ser simples e descomplicada, evitar adjectivos desnecessários, já que mais do que tudo é importante a mensagem, a expressão e o entendimento.

Deve mover-se livremente sem grilhetas que a impeçam de prosseguir e de tentar entender de onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir.

Para o poeta, a sua poesia é uma obra inacabada e se pudesse, limaria as arestas e as imperfeições uma e outra vez, pois tal como a vida, sempre acha que se pode e deve fazer melhor.

Mais do que tudo, o Poeta deve ser voz e esperança!





 

Antologia "Poética" vol III - Editorial Minerva 

domingo, 8 de setembro de 2013

HOMENAGEM A ANTÓNIO FEIO - POESIA DE CARLOS FEIO














Amigos, partilho convosco a noite emocionante que vivemos ontem dia 7 de Setembro de homenagem ao actor António Feio.
A organização esteve a cargo de José Proença e do irmão, o poeta Carlos Peres Feio.
Assim iniciou a noite José Proença com as palavras de Lorca: " O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana".
Durante a noite fomos ficando a conhecer melhor, a história de vida de António Feio, desde o seu nascimento no ano de 1954, na então, Lourenço Marques, Moçambique.
Com Poesia e Música, se "falou" António Feio.
As sonoridades foram naturalmente a Africana e Portuguesa com músicos como Pedro Faro e José Cordeiro que nos encantaram bem como a maravilhosa voz da Maria Morbey em músicas como "Yesterday" dos Beatles tão a propósito.
Carlos Peres Feio, um querido amigo e poeta que tanto admiro, foi-nos falando do irmão e foram várias as vezes, porque não me passou despercebido, que se chegava atrás tomando um golo de água e ao mesmo tempo, limpava aquela lágrima ao canto do olho que teimava em escapar... Senti todo o tempo uma emoção profunda, pela forma como senti o amor pelo irmão e por toda a família que não deixou de mencionar.
Fiquei a saber que a influência na entrada de António Feio para o Teatro se deveu a sua mãe, Ester Feio, também artista de teatro, de Carlos Avilez e de Miguel Torga, este, indirectamente, ao criar a personagem que António interpretou na peça "O Mar" de sua autoria.
Entre poesias, Carlos Peres Feio contou-nos do mail que recebeu de resposta ao seu pedido de prefácio, ao irmão, para um dos seus livros de poesia, o que me ofereceu esta noite e cujo tema é o Amor.
No mail, António Feio, colocou no assunto: "Prefácio".  No texto e se bem me recordo, colocou mais ou menos assim: " Se depois disto nunca mais publicares um livro de poesia, a culpa não é minha. Lol"
Neste prefácio, tão diferente de tantos que tenho lido, António Feio diz mesmo que "Eu sei que este não é um prefácio normal." Se pensam que vou tecer grandes considerações sobre a poética do meu irmão estão completamente enganados. O que eu proponho aos leitores é o seguinte: avancem para o poema que está na página 10 e leiam-no já. façam-me esse favor! (Eu espero)
Mais à frente, diz que " a poesia que me interessa é a que anda no ar. É a que fica. Por isso vos pedi que lessem "Tenho dez minutos". Ficou a pairar sobre a minha cabeça. Inquietou-me. Comoveu-me. Irritou-me. Mas sem dúvida, sensibilizou-me. E porque o tema principal deste livro é o Amor, aqui fica, em forma de resposta poética, o meu contributo:

Tenho dez linhas
para dizer que te amo
as mesmas dez linhas que separam um poeta de um actor
um irmão de um irmão
sei que muito antes de me leres
vais saber que esta contagem decrescente
te pertence
agora já não tenho dez linhas
só me resta uma
a linha da vida para te amar.

António Feio

A noite prosseguiu desta vez com poesia do Poeta Jorge Castro, dedicados à família, pela morte da irmã Helena (Nica)  o que tanto marcou António Feio que já padecia da mesma doença.
Numa das suas intervenções, José Proença, recordou as palavras de António Feio já na fase final da sua vida: "Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer".
A emoção era muita e só quando Carlos Peres Feio leu o seu já famoso poema "João Vasconcelos" em alusão à artista Joana Vasconcelos e sua arte, que pôs toda a audiência a rir, o ambiente "desanuviou".
A sala estava repleta de família, amigos e de admiradores do actor, de tal forma, que pessoas estavam do lado de fora da sala só marcando presença. Não quiseram partir.
Eu parti como tenho certeza que todos, feliz e com a alma "cheia"! Assim queria que fosse, António Feio.
Quero aqui deixar um abraço cheio de carinho ao Carlos Peres Feio pelo maravilhoso ser humano que É! Como disse na dedicatória que me deixou no livro, somos "da mesma Equipa da Poesia"!

Ana Casanova

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Antologia Universal Lusófona "Rio dos Bons Sinais" - CEMD











USO DAS PALAVRAS

Há os que comem palavras
Os que as interiorizam
Os que as saboreiam
As idealizam, as idolatram
...
As namoram, as sonham...
Não suporto os que as cospem!

in "Antologia Universal Lusófona - Rio dos Bons Sinais" (CEMD) - Ana Casanova

quarta-feira, 15 de maio de 2013

SEMPRE O TEMPO




                    
Só tenho as palavras
Palavras pobres…
Tenho os sonhos
Sempre ricos…
E o tempo!
O tal do tempo
Sempre exacto
Sempre facto
E que se esgaça.
 
 
Ana Casanova
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

"PINTURAS POÉTICAS" APRESENTAÇÃO LIVRARIA CAMÕES GENÈVE











A 17 de Novembro de 2012, apresentei em Genève na "Livraria Camões" o meu 4º livro de poesia, o "Pinturas Poéticas".
A meu lado apresentando autora e obra, esteve o poeta Moçambicano e Presidente do CEMD - Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora, Presidente da ALDCI - Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração e Membro do MIL - Movimento Internacional Lusófono, associações de que também sou membro.  Fiz-lhe este pedido a que acedeu imediatamente pois prefaciou o meu livro e queria tê-lo mais uma vez comigo neste dia tão importante, pela grande amizade que nos une e pelos laços que nos unem em prol da Cultura, Lusofonia e Causas Humanitárias. Aliás todos os escritores que prefaciaram os meus livros são pessoas que respeito muito e a quem estava inteiramente ligada.
Muitos amigos estiveram presentes e destaco aqui a Lourdes Carriço que me levou a Genève e me possibilitou a realização deste sonho desde o meu primeiro livro, a escritora residente em Zurique, Carmen Ferreira, outra grande amiga que nunca falta, tal como o querido amigo Osvaldo B. Ribeiro e Ana Ribeiro.
O Senhor António Pinheiro e mulher, Fernanda Bettencourt, a D. Luz, colaboradora da Livraria e acreditem que não me esqueço de ninguém mas estes não podia mesmo deixar de mencionar.
Na última foto podem ver Delmar Maia Gonçalves e Alice Vieira numa fotografia que representa bem a boa disposição reinante naquele fim de tarde onde a poesia se fez ouvir.
São momentos como estes de partilha, que me fazem continuar a lutar pela publicação, numa altura tão complicada como esta.
Deixo-vos com aquele abraço amigo de sempre, agradecendo a todos a presença.
Viva a Poesia!

LES AUTOMNALES GENÈVE-FOTOS










E só agora partilho convosco as fotos da experiencia fantástica que foi a participação na "Palexpo - Genève" nos dias 16/17 e 18 do mês de Novembro de 2012, a convite da "Livraria Camões".
Estive no Stand na companhia dos escritores Alice Vieira e Manuel Bernardo, partilhando vivências e experiências neste "mundo dos livros", com jovens que ali compareceram, das escolas Portuguesas em Genève.
Por lá passaram amigos que já vão estando comigo como Laura e Alvaro Relvas, aqui numa das fotos e dei a minha primeira entrevista sem sequer contar, à "Rádio Arremesso", uma rádio de muita popularidade na Suiça.
Foram três dias intensos e enriquecedores que não esquecerei, sempre com o apoio do Senhor António Pinheiro da "Livraria Camões".

EM MIM





EM MIM

Em mim
Planam gaivotas desvairadas
Agita-se um mar raivoso
No meu peito
O sangue sinto-o gasoso
O coração?
Apenas músculo!

Ana Casanova